quinta-feira, 21 de abril de 2011

Alta nos alimentos pode levar milhões de pessoas a pobreza extrema este ano


Nesta quinta feira 14 de abril de 2011, o banco mundial apresentou novos dados referente ao aumento dos preços globais dos alimentos e a notícia não é nada boa, segundo Robert Zoellick, presidente do banco mundial, o aumento constante no preço dos alimentos pode levar milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.

Segundo o Banco Mundial, os preços estão 36% mais altos em relação ao mesmo periodo do ano passado e se houver um aumento de mais 10%, a projeção indica que mais 10 milhões de pessoas estarão em situação de pobreza extrema (renda menor que US$ 1,25 por dia).

Os dados mostram que desde junho de 2010, 44 milhões de pessoas ingressaram na situação de pobreza extrema. A soma total desta categoria de pessoas em pobreza extrema chega a 1,2 bilhões, um número bastante significativo.

Por que os preços estão subindo?

Segundo o Banco Mundial, as crises em países árabes e mulçumanos na região norte da África e do Oriente médio, contribuiram para o aumento do preço do petróleo, e como quase tudo é movido a este combustivel, o preço dos alimentos teve um impacto secundário porém em grande escala. Isso pode ser sentido em países como o Egito, aonde a inflação dos alimentos chegou a marca de 2 dígitos.

 Os produtos que contribuíram para a alta dos preços:  milho (aumento de 74% em um ano), trigo (69%), soja (36%) e açúcar (21%). Os preços do arroz, entretanto, permaneceram estáveis, segundo um relatório do Banco Mundial.

O clima:

Outro problema que agrava mais tal situação, são os problemas climáticos nos países exportadores, baixos estoques reguladores globais e a restrição a exportação em alguns mercados.

O Banco Mundial lembra que a utilização de grãos para produção de biocombustíveis é um fator que contribuiu para a inflação dos alimentos.

O que fazer para reverter?

  • Destinar o uso de grãos para a alimentação principalmente.
  • Direcionar programas nutricionais e assistência social aos países mais afetados.
  • Minimizar ou até mesmo remover restrições a exportação de grãos.
  • Melhorar mecanismos do mercado financeiro para evitar alta volatilidade nos preços dos alimentos.
  • Mais investimento na agricultura.
  • Mais investimento em Pesquisa e Desenvolvimento.

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