quinta-feira, 14 de abril de 2011

[Notícias] Início do conteúdo Tecnologia francesa trata esgoto com plantas

Uma tecnologia velha e eficiente, que no Brasil é nova, que além de melhorar as condições da água, promove a diminuição da poluição visual, confira só:
tags: Plantas que filtram

Por: Renée Pereira
Fonte: estadão
tag : filtro ecológico, planta.

O Brasil acaba de ganhar um novo aliado no tratamento de resíduos industriais, água e esgoto - hoje uma das maiores carências da população. Trata-se dos jardins filtrantes (ou fitorestauração), uma tecnologia francesa que usa plantas nativas de cada país para filtrar e cuidar dos efluentes de uma maneira mais ecológica e sustentável. Além de preservar a natureza, a solução também dá um toque paisagístico ao ambiente.


A empresa detentora da tecnologia é a Phytorestore France, que abriu uma filial no Brasil em setembro para explorar o mercado nacional. O diretor-geral da empresa, Arnaud Fraissignes, explica que o tratamento dos resíduos é feito por meio de uma sequência de jardins, formados por vários tipos de plantas aquáticas. Cada jardim promoverá uma etapa da despoluição e descontaminação dos materiais, que são jogados em cima das plantas.

Segundo o executivo, as raízes vão absorver e filtrar os resíduos. No final do processo, restará uma água tratada, que poderá ser usada em irrigação, formação de lagoas e outras finalidades (menos para beber). Em relação ao maior questionamento das pessoas, ele garante: "Não há nenhum cheiro ruim durante o processo de tratamento. Temos projetos com pessoas morando ao lado dos jardins".
Entre os projetos assinados pela empresa, estão clientes de peso como o Hotel do Club Med, nas Ilhas Mauricio, e a Louis Vuitton, um dos maiores conglomerados de luxo do mundo. No Brasil, os projetos vão atender à necessidade geral da população. Por enquanto, a empresa negocia três contratos, em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. O primeiro projeto deverá ser firmado com uma prefeitura no Estado de Goiás.


A empresa faria o tratamento de esgoto bruto de uma cidade de 10 mil habitantes. Em São Paulo, os jardins vão tratar o lodo de uma estação de tratamento de esgoto, que hoje é depositado em um aterro sanitário. "Nossa tecnologia usa apenas plantas e é mais barata que os métodos tradicionais."

Segundo ele, um jardim médio, para cuidar do esgoto de uma cidade de 10 mil habitantes, custa em torno de R$ 2 milhões. Além disso, a manutenção é muito barata. "Depende apenas de um jardineiro." Confiante no elevado grau de competitividade, a Phytorestore, que no Brasil tem parceria com a empresa nacional Alliance Verte, planeja participar de licitações na área de saneamento.

Fraissignes comenta que a companhia também vai abrir uma biofazenda em 2010, nos moldes da que já existe na França. Nesse local, qualquer empresa poderá levar seus resíduos para serem tratados em jardins filtrantes. Na França, diz o executivo, há tratamento de mais de 40 tipos de efluentes, como lodo, óleo de cozinha, entre outros. Nesse caso, as empresas pagam o serviço por tonelagem. O projeto, que possivelmente será instalado em Suzano, também vai abrigar um centro de desenvolvimento de seleção de plantas e um viveiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário